POSSIBILIDADES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O conteúdo das Possibilidades em E.A abordam as diversas maneiras de expressão cultural que possuem em sua essência elos com a problemática do meio ambiente. São representadas através da literatura, música, teatro, entre outros que oferecem uma dupla função, ou seja, tanto a sensibilização pelo efeito estético das obras quanto por oferecer meios alternativos em relação ao ensino-aprendizagem.


FILME ILHADO


O CINISMO DA RECICLAGEM

A reciclagem pode mesmo ser o traço de união entre produção e consumo, mas é também a alienação do consumismo como fator de degradação ambiental e engrenagem dos mecanismos sociais de acumulação de capital e concentração de renda. O ato de reciclar, atualmente, ainda significa muito pouco em relação à melhoria ambiental, mas isso não quer dizer que a idéia da reciclagem deva ser abandonada; ao contrário, essa constatação evidencia o tamanho do desafio que há pela frente26. Enfim, essas considerações também nos permitem enfatizar que o enfrentamento da questão do lixo requer medidas tanto técnicas como política, estas últimas essenciais para acelerar o ritmo do metabolismo industrial e para evitar a continuidade da exploração do trabalho pelo capitalalismo.

Texto na íntegra

Fica decretado que todos os homens e mulheres uma vez na vida precisam ler o poema de Thiago de Melo O Estatuto do  Homem, brincadeiras a parte, deleitem-se:

Montagem para o poema O Estatuto do Homem.

Para os leitores que vem nos acompanhando semanalmente gostaríamos de celebrar a frugalidade, mencionada no texto O cinismo da reciclagem, com dois materiais que possibilitam comtemplar esta perspectiva:

 [frugalidade: simplicidade, sobriedade de costumes, de hábitos, etc. /ETM lat. frugalitas, àtis' colheita, moderação, temperança. (dicionário Houaiss da língua portuguesa)]

Canto de um povo de algum lugar
Água


MÚSICA
O Cio da Terra

Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento / Chico Buarque

Debulhar o trigo

Recolher cada bago do trigo

Forjar no trigo o milagre do pão e se fartar de pão

Decepar a cana

Recolher a garapa da cana

Roubar da cana a doçura do mel, se lambuzar de mel


Afagar a terra

Conhecer os desejos da terra

Cio da terra, propícia estação De fecundar o chão.


Cio da terra – puro lirismo

Em O cio da terra, o trabalho é considerado sagrado, pois constitui um milagre, um ato de intervenção Divina, a labuta de transformar a natureza (trigo) em cultura (pão). E se os frutos da terra e o trabalho de transformá-los em cultura são sagrados, inevitavelmente o amor que o homem tem pela terra (humanizada pelo uso da animização, ou prosopopéia, que a coloca na condição de mulher) também o é. Daí encontrarmos, no poema, uma relação prazerosa entre o homem, a natureza e o trabalho.

Essa relação pode ser explorada, inicialmente, através de questões que privilegiem o nível associativo de leitura. Quem já comeu pão quentinho e se lambuzou com mel, quem já bebeu suco de cana (garapa), e já se fartou com todas essas coisas, sabe como podem ser prazerosas tais experiências. E quem já colheu trigo? E quem já colheu a cana e dela fez garapa? E quem do trigo já fez um pão? E quem consegue pensar no trabalho como algo prazeroso? E quem já afagou a terra? Não seria tão bom se tais coisas fossem possíveis e (um pouco) cotidianas? Eis a ponte necessária para dar significado existencial à leitura do texto e relacioná-lo com questões vitais e ao mesmo tempo teóricas, pois envolvem uma reflexão sobre a felicidade de con-viver e de auto-realizar-se através do trabalho, questões que envolvem práticas cotidianas e que levam ao estudo e ao debate sobre a alienação, o que pode ser desenvolvido interdisciplinarmente com as classes de filosofia, história e sociologia.


LIVRO : VAMOS CUIDAR DO BRASIL
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